Ultraprocessados podem estar ligados ao aumento de câncer colorretal precoce em mulheres

Entenda como os alimentos ultraprocessados afetam sua saúde e descubra dicas para optar por escolhas mais saudáveis.

Paola Bem-estar

25/11/2025

O que a ciência descobriu sobre ultraprocessados, inflamação intestinal e risco de câncer antes dos 50

Os ultraprocessados não são apenas “calorias vazias”. A ciência está mostrando que eles podem ser um dos maiores fatores por trás do aumento de câncer colorretal em adultos jovens — especialmente mulheres com menos de 50 anos.

Uma pesquisa publicada na JAMA Oncology revelou que consumir muitos ultraprocessados pode aumentar em 45% o risco de desenvolver pólipos pré-cancerosos no intestino, que são as lesões que podem evoluir para o câncer colorretal.

E antes que você pense “isso é só com mulher”, especialistas deixam claro: os riscos valem para homens também.

Vamos destrinchar tudo isso de forma simples: o que o estudo mostrou, por que os ultraprocessados fazem tanto mal e o que você pode fazer, na prática, para reduzir seu risco.

O que o estudo descobriu sobre ultraprocessados e câncer colorretal precoce

O trabalho analisou dados de mais de 29 mil mulheres que participaram do Nurses’ Health Study II.
Essas mulheres foram acompanhadas por até 24 anos, com registros completos de alimentação e exames.

E o achado principal foi direto:

  • Mulheres que consumiam cerca de 10 porções de ultraprocessados por dia tinham 45% mais risco de desenvolver adenomas (pólipos pré-cancerosos) antes dos 50. 
  • Quem consumia menos (cerca de 3 porções/dia) tinha risco muito menor. 
  • Não houve relação com lesões serrilhadas, outro tipo de pólipo. 

Mesmo assim, o recado é claro: quanto mais ultraprocessados, maior o risco para o intestino.

Por que ultraprocessados aumentam tanto o risco?

Porque eles mexem de forma direta e profunda com:

1. A microbiota intestinal

Ultraprocessados podem reduzir a diversidade da flora bacteriana e favorecer bactérias inflamatórias — um ambiente perfeito para estimular crescimento de lesões no intestino.

2. A inflamação

Emulsionantes, corantes, adoçantes artificiais, excesso de gorduras ruins e açúcares criam um cenário inflamatório crônico.

3. O metabolismo

Esses alimentos são hiperpalatáveis e favorecem comer mais do que o corpo precisa, contribuindo para sobrepeso, obesidade e resistência à insulina — fatores que aumentam o risco de vários tipos de câncer.

4. A saúde intestinal como um todo

Eles têm pouca fibra, poucas vitaminas, poucos compostos bioativos protetores.
É como abastecer o intestino com o que ele não precisa e tirar dele o que ele mais precisa.

“Mas isso é só com mulher?” — a resposta dos especialistas

O estudo teve apenas mulheres, então os resultados não podem ser comparados diretamente com os de homens.

Mas pesquisadores reforçam:
🔸 Isso não significa que homens estão protegidos.
🔸 Estudos anteriores já mostraram a mesma relação para homens e mulheres.
🔸 O câncer colorretal está aumentando em adultos jovens de ambos os sexos.

Há um movimento global preocupante: casos de câncer colorretal estão subindo cerca de 2% ao ano em adultos com menos de 50 anos.

E isso combina com outra realidade: o aumento do consumo de ultraprocessados no mundo todo.

A epidemia dos ultraprocessados

Hoje:

  • 73% da alimentação dos EUA é composta por ultraprocessados 
  • 60% das calorias dos adultos vêm deles 
  • Estudos recentes associam ultraprocessados a mais de 120 mil mortes evitáveis por ano 

Você consegue ver o padrão aqui:
Quanto mais ultraprocessados, mais doença crônica.

Como reduzir seu risco de câncer colorretal

Não existe uma solução mágica — mas existe um caminho bem claro:

1. Troque ultraprocessados por alimentos de verdade

É básico e funciona:

  • Vegetais de várias cores 
  • Frutas 
  • Legumes 
  • Grãos integrais 
  • Proteínas magras 
  • Oleaginosas 

2. Reduza o que mais contribui para inflamação intestinal

  • Carnes processadas 
  • Refrigerantes 
  • Biscoitos recheados 
  • Fast food 
  • Embutidos 
  • Pães industriais 
  • Snacks prontos 
  • Bebidas açucaradas ou artificiais 

3. Movimente seu corpo todos os dias

Atividade física regular reduz inflamação, melhora o trânsito intestinal e diminui risco de câncer.

4. Mantenha peso saudável

Obesidade e diabetes são fatores significativos para câncer colorretal precoce.

5. Priorize fibras

Fibras alimentam as bactérias boas e reduzem a inflamação.

Resumo prático: o risco vem do pacote, não da pessoa

O que o estudo mostra é que a alimentação ultraprocessada — aquela que vem em pacotinho — não é neutra.
Ela afeta o intestino, a imunidade, a microbiota e o metabolismo.

E, com o tempo, isso abre caminho para pólipos que podem se transformar em câncer.

Não é sobre demonizar comida.
É sobre saber o impacto e fazer escolhas mais inteligentes.

Quer aprender a comer melhor sem culpa, sem neurose e com leveza?

O conhecimento transforma. Saber dos impactos dos ultraprocessados permite agir, sem culpa ou cobranças exageradas. Pequenas mudanças, feitas com consciência e suavidade, somam grandes benefícios ao longo da vida. Alimente-se com carinho, movimente-se e cultive ambientes que nutrem o seu bem-estar. O seu corpo agradece, sua mente relaxa e sua energia renasce.

Para dar o próximo passo em direção ao equilíbrio, inscreva-se GRATUITAMENTE no Hub Paola Machado e descubra treinos e dicas exclusivas para manter-se bem e saudável.

Perguntas frequentes

Consumir ultraprocessados ocasionalmente também aumenta o risco?

O maior risco está no consumo frequente e em grandes quantidades. Comer de forma eventual, dentro de uma rotina equilibrada, tende a ter impacto muito menor. Procure priorizar alimentos naturais no dia a dia.

Quais alimentos são considerados ultraprocessados?

São aqueles fabricados industrialmente, compostos por ingredientes artificiais, como conservantes, realçadores de sabor, corantes, adoçantes e emulsificantes. Exemplos: refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados, embutidos e pães industrializados.

O risco é maior só para mulheres?

Apesar do estudo ter analisado mulheres, outras pesquisas mostram que homens também não estão protegidos. Toda a população pode se beneficiar reduzindo o consumo desse tipo de alimento.

É possível reverter os danos já causados por ultraprocessados?

Ao mudar hábitos e investir em uma alimentação equilibrada, o corpo tende a se regenerar e a fortalecer sua saúde intestinal. Sempre vale a pena escolher melhor a partir de agora.

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Wang C, Du M, Kim H, et al. Ultraprocessed Food Consumption and Risk of Early-Onset Colorectal Cancer Precursors Among Women. JAMA Oncol. Published online November 13, 2025. doi:10.1001/jamaoncol.2025.4777

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