Medicamentos para perda de peso: esclarecendo dúvidas sobre Ozempic, Mounjaro e similares

A popularização de medicações como Ozempic®, Wegovy® e Mounjaro® tornou essencial o debate sobre os perigos da utilização sem critérios adequados, principalmente por indivíduos que não apresentam diagnóstico de obesidade. É fundamental esclarecer as principais questões relacionadas a esses tratamentos.

Apresentamos respostas para 6 questionamentos frequentes sobre essas medicações:

Esses medicamentos podem gerar dependência?

Verdade em parte. Determinadas medicações que agem sobre o sistema nervoso central (como a sibutramina) têm potencial de criar dependência psicológica quando utilizadas por períodos extensos ou de forma inadequada. Por outro lado, medicamentos do grupo dos agonistas de GLP-1, como Ozempic® e Wegovy®, não trazem esse risco, porém podem criar uma dependência comportamental relacionada à expectativa de emagrecimento acelerado.

Essas medicações representam perigo para a saúde cardiovascular?

A resposta varia. Fármacos como a sibutramina, capazes de elevar pressão arterial e batimentos cardíacos, não devem ser usados por pessoas com problemas cardiovasculares prévios. Em contrapartida, os agonistas de GLP-1, como o Wegovy®, apresentam evidências científicas de segurança cardiovascular, particularmente em portadores de diabetes tipo 2.

É viável emagrecer rapidamente e manter o resultado após suspender a medicação?

Não é verdade. Utilizar apenas medicamentos, sem modificar hábitos de vida, frequentemente resulta no conhecido “efeito sanfona”. Manter a perda de peso requer intervenções permanentes, incluindo mudanças na alimentação e prática regular de exercícios físicos.

É seguro utilizar esses medicamentos por conta própria?

Falso. Qualquer medicação voltada para emagrecimento necessita prescrição e acompanhamento médico, considerando os riscos de reações adversas e restrições de uso. A automedicação pode ocasionar problemas sérios de saúde.

O peso retorna ao interromper o tratamento medicamentoso?

Parcialmente correto. Na ausência de mudanças nos hábitos cotidianos, é frequente a recuperação do peso após cessar a medicação. Isso acontece porque o fármaco funciona como suporte, não substituindo a adoção de práticas saudáveis necessárias para manter o peso controlado permanentemente.

Esses medicamentos eliminam a obesidade definitivamente?

Mito. A obesidade caracteriza-se como uma condição crônica de múltiplas causas, demandando abordagem com diversos profissionais e monitoramento constante. As medicações representam ferramentas relevantes, porém constituem apenas uma parte de um tratamento mais abrangente que inclui nutrição adequada, atividade física e apoio psicológico.