Corrida envelhece a pele? Entenda mitos, verdades e como manter a beleza em movimento
Nos últimos tempos, a dúvida “exercício envelhece a pele” ecoou com força nas redes sociais e em conversas de consultório. Surgiram relatos e temores sobre flacidez, rugas e aquela sensação de que movimentar o corpo poderia, de alguma forma, roubar a jovialidade da pele. Para muitas mulheres, essa incerteza gera preocupação, insegurança e, principalmente, o medo de perder os benefícios de uma rotina ativa em nome da vaidade. Mas será mesmo que exercício envelhece a pele — ou estamos diante de mais um mito moderno?
Mitos e evidências: o que acontece com a pele durante o exercício
O rumor de que exercício envelhece a pele ganhou espaço ao redor da prática da corrida, com termos como “rosto de corredor” e preocupação com suposta flacidez causada pelo impacto. No entanto, a ciência mostra que a prática regular e moderada de atividade física traz inúmeros benefícios não apenas para o corpo, mas também para a pele.
Movimentar-se ativa mecanismos antioxidantes, eleva a produção de hormônios como GH e L-glutamina — fortalecendo tecidos e retardando processos naturais do envelhecimento. Além disso, a circulação mais eficiente leva oxigênio e nutrientes essenciais para todas as células, incluindo as da derme e epiderme.
O papel do equilíbrio: quando o excesso vira risco
Como tudo que envolve saúde, o segredo está no equilíbrio. Exercícios em excesso, especialmente de longa duração e intensidade, podem provocar maior liberação de radicais livres e de hormônios do estresse, como cortisol. O resultado? Estresse oxidativo, que, se não compensado, pode sobrecarregar as defesas antioxidantes naturais do corpo.
Esse estado, especialmente em práticas que ultrapassam uma hora e meia sem orientação, pode favorecer sinais de envelhecimento cutâneo e diminuir a imunidade. Daí vem parte da crença de que exercício envelhece a pele — algo que, na verdade, depende diretamente da dosagem, do cuidado e da atenção às necessidades individuais.