O Brasil e sua mania de apagar incêndios: por que precisamos de uma política pública de bem-estar
Em nosso cotidiano, falamos sobre obesidade, ansiedade e sedentarismo como se fossem questões individuais, mas, na verdade, são problemas de natureza pública, econômica e cultural. O Brasil enfrenta um grande desafio: a saúde pública é frequentemente vista apenas sob a ótica do atendimento hospitalar, ignorando a importância da prevenção e do bem-estar. Para acolher essa realidade, é crucial transformar a maneira como lidamos com a saúde.
A lógica de apagar incêndios
No Brasil, o Ministério da Saúde ainda concentra esforços na cura de doenças, em vez de investir na educação e na prevenção. Essa abordagem resulta em um ciclo vicioso, onde problemas como obesidade, sedentarismo, ansiedade e depressão afligem uma parte crescente da população. Ignorar essas questões representa um custo elevado para os sistemas de saúde e para a economia do país.
Um olhar para a saúde coletiva
A ideia de que a saúde é uma escolha individual perpetua a negligência das condições que moldam nosso comportamento. A infraestrutura urbana, a disponibilidade de alimentos saudáveis e o acesso a espaços de atividade física são determinantes cruciais para o bem-estar. O papel do Estado é claro: criar um ambiente que favoreça escolhas saudáveis.
Desafios e soluções
O desafio que enfrentamos é complexo. As cidades brasileiras muitas vezes não oferecem a infraestrutura necessária para a prática de atividades saudáveis. As escolas carecem de programas inovadores de educação física, e os alimentos ultraprocessados dominam o mercado, tornando-se mais acessíveis e atraentes que opções saudáveis. Essa realidade nos leva a um estado coletivo de saúde comprometida.
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